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Caixa aceita negociar com o Corinthians dívida da Neo Química Arena e apresenta proposta de modelo de pagamento

Nos últimos dias, o presidente do Conselho sugeriu que o Timão parasse de pagar a dívida do estádio Tuma pede para encerrar pagamento do estádio Nos ú...

Caixa aceita negociar com o Corinthians dívida da Neo Química Arena e apresenta proposta de modelo de pagamento
Caixa aceita negociar com o Corinthians dívida da Neo Química Arena e apresenta proposta de modelo de pagamento (Foto: Reprodução)

Nos últimos dias, o presidente do Conselho sugeriu que o Timão parasse de pagar a dívida do estádio

Tuma pede para encerrar pagamento do estádio

Nos últimos dias, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, sugeriu que o Corinthians suspenda os pagamentos da dívida com a Caixa Econômica Federal, referente ao financiamento da construção da Neo Química Arena.

“Temos que resolver o problema do estádio na Caixa. Temos que trocar o fundo que está administrando o problema todo. Sou presidente do Conselho, não mando nada. Acho que o Corinthians tem que resolver o problema na Caixa”, iniciou.

“Senão, para de pagar, para de pagar o estádio. Vai pagar as dívidas que temos que são mais urgentes para evitar bloqueio. Para de pagar, acabou. Começa por aí. Temos que buscar uma solução, não temos dinheiro”, completou Tuma.

Caixa aceita negociar

A Caixa demonstrou disposição para discutir uma nova forma de pagamento da dívida do Corinthians referente à Neo Química Arena. O presidente do banco estatal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, disse em entrevista à ESPN que tomou conhecimento pelas notícias das declarações de Romeu Tuma Júnior, do Conselho Deliberativo, sobre a dificuldade do clube em manter o atual parcelamento.

Fernandes afirmou que ainda não foi procurado oficialmente, mas se mostrou disponível a dialogar “a qualquer momento”. O objetivo seria apresentar ao Corinthians uma proposta envolvendo um fundo de investimento que permita quitar a dívida e, ao mesmo tempo, gerar ganhos para o clube com a operação.

“A última proposta de quando a gente conversou com o Corinthians é uma proposta com a seguinte racionalidade: nós aceitaríamos pegar a garantia da dívida, ela viria de um fundo de investimento e nós venderíamos cotas desse fundo de investimento na base de R$ 100 para os torcedores. Se você [Corinthians] diz que tem 35 milhões de torcedores, e pega 15 milhões desses torcedores com cada um comprando uma cota, e sei que tem gente que compraria muito mais do que uma, a R$ 100 sobraria dinheiro ainda para fazer um monte de coisa, além de pagar a dívida. Quitaria a dívida e ficaria com esse fundo com o estádio vinculado a ele. Tudo dentro de um fundo de investimento”, disse Carlos Antônio Vieira Fernandes.

Estádio do Corinthians. Foto: Marlon Costa/AGIF

“O lucro do fundo seria do próprio Corinthians para eles fazerem o que quiserem. Mas quitaria a dívida. Eu tenho certeza que os torcedores do Corinthians estariam dispostos a contribuir para que isso acontecesse. Acho que isso revolucionaria a percepção sobre a administração de ativos dos clubes brasileiros”, finalizou.

Acordo entre Caixa e Corinthians

O acordo entre Corinthians e Caixa para o financiamento da Neo Química Arena foi firmado em 2022, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves. A negociação previa um período de carência, com o clube pagando apenas os juros a partir de 2023, enquanto a amortização do valor principal começou somente em 2025.

Atualmente, a dívida do Corinthians referente à Arena gira em torno de R$ 710 milhões. O montante é corrigido anualmente pelo CDI, hoje em 14,90%, acrescido de 2%, o que mantém o valor em constante atualização financeira.